É só apertar o botão...

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Esta frase é um clichê utilizado no meio fotográfico e acaba definindo o ato de fotografar apenas como o acionar do equipamento fotográfico, desconsiderando toda a habilidade do profissional.

Queria externar um pouco sobre a minha experiência ao fotografar um casamento, que se inicia desde o primeiro contato com os noivos, o envio do orçamento, a elaboração do contrato e a troca de informações sobre a expectativa do casal sobre as imagens de seu casamento.

Após isso chega o grande dia, o momento mais esperado, um sonho de anos aguardado pelos noivos e preparado nos mínimos detalhes. Chega, então, a hora de preparar meu equipamento e ir fotografar. Nunca sei exatamente o que irei encontrar. Tenho uma expectativa, porém tudo é diferente e novo, aquela imagem que você gostaria de fazer, não irá acontecer, pois no desenrolar da cerimônia há muito do imponderável na relação entre o registro e o momento propriamente dito.

A sensação de quando chego para fotografar um evento é sempre diferente. A carga emocional e física exigida para observar todos os detalhes - a luz, o momento decisivo que você não pode perder, e tudo mais -, é extremamente grande. Digo que às vezes preciso fazer exercícios de respiração para ter tudo sob controle e captar em imagens todas as sensações e histórias ali presentes.

Sempre digo que a fotografia tem que respirar, ter movimento e história, por mais simples que seja, pode representar algo tão grandioso para a família e para os noivos, que o simples ato de apertar o botão não seria o suficiente.

Como, por exemplo, a carta do avô da Nayana, que estava emoldurada em uma mesa reservada no casamento da neta. Era um conselho sobre o amor que dizia: “Para a meiga neta Nayana: O amor nunca morre! Sem o amor a vida ficaria destituída de sentido, tornando-se árida e cruel, porque empalidecida de objetivos, murcharia para o caos, para o nada. Com um abraço efetuoso de seu avô. Alberto Cozenza 10/04/2004”

Quanta história e sentimento que poderiam passar despercebidos em um simples registro da decoração do casamento. Por isso que digo que além da técnica, além de se “apertar o botão” a fotografia de casamento vai muito além, e quando digo isto, a foto abaixo das alianças do casal conclui o que o avô de Nayana disse há 22 anos. Para terminar, digo, parafraseando o Sr. Alberto Cozenza, que sem o amor, as imagens na fotografia de casamento ficariam destituídas de sentido, tornando-se áridas e cruéis, porque empalecidas de objetivos, murchariam para o caos, para o nada.

Emocionar Sempre!

Leandro Frin - Fotógrafo na cidade de Ribeirão Preto, especialista em casamentos, família e eventos sociais. Atuante em todo interior de São Paulo e grandes capitais. Estilo inconfundível focado no fotojornalismo, buscando em seus cliques retratar a alegria, emoção e principalmente o amor que uma bela história pode contar.

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